Conjunto Habitacional Social Lordelo

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Porto, Portugal

A proposta apresentada pretende contrariar a tendencionalmente estigmatização e a segregação social que existe com frequência em zonas de habitação de custos controlados, de forma a oferecer ao bairro de Lordelo habitação de qualidade, inclusiva, com espaços urbanos envolventes que quebrem a segregação social e urbana, uma vez que o local de intervenção no bairro de Lordelo apresenta uma envolvente construída densamente habitacional, enfatizando a necessidade de um urbanismo inclusivo e uma envolvente construída de qualidade que promova espaços de interação social entre a comunidade existente e a comunidade a atrair à fixação.

O projeto procurou traçar novas dinâmicas para o lugar, abrindo e convidando a comunidade próxima a usufruir os espaços públicos da envolvente ajardinada, numa forma de fazer interagir a população nova que se pretende vir a atrair e a população residente atual, quebrando barreiras sociais, económicas e culturais, através desses espaços comuns.

A partir das experiências e estudos mais recentes, em conformidade com a atual situação existente de uma pandemia global que veio transformar a forma como vivemos as nossas casas, surge a necessidade de existir um espaço exterior privado em cada habitação. Decidiu-se logo à partida que ter-se-ia de enfatizar esta necessidade e oferecer um desenho que permitisse a existência de varandas com área suficiente à permanência e mantendo os limites da Área Bruta de Construção.

Todos os fogos acima do piso térreo têm varandas com a possibilidade de implementação de zonas ajardinadas. Estas varandas dão um pedaço de exterior a cada apartamento, levando o residente a “sair” de casa para ter contacto com o exterior e com a natureza envolvente. No final de contas, estas varandas são elas próprias mais um compartimento da casa onde também se desenrolam uma pluralidade de ações do quotidiano: refeições, banhos de sol, momentos de lazer, confraternização, momentos de pausa, de contemplação, de jardinagem, entre outras.

Nestas varandas que variam na sua profundidade, existe a possibilidade de cada residente implementar zonas ajardinadas que podem ser diferentes entre si, uma vez que surgem consoante a necessidade de cada proprietário, como representado no esquema abaixo.

Conjunto Habitacional Oscar Monteiro Torres 34-40

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Lisboa, Portugal

Gostaríamos de apresentar a vocês o estudo do novo e instigante projeto em Lisboa! Este projeto consiste em uma intervenção em dois edifícios adjacentes, ambos de estilo Art Deco, apesar de serem distintos.

O desafio desse projeto foi criar um “projeto único”, isto é, um “único empreendimento”. E a estratégia que adotamos para unificar esses dois edifícios se deu através do uso da materialidade e da uniformidade de tons.

Espacialmente, criamos um novo hall de entrada com um pátio entre os dois edifícios, isto é, no vazio pré-existente.

Na proposta da cobertura do para a reabilitação do edifício foram propostas duas novas residências unifamiliares, ambas com terraço-jardim.

Para uniformizar os edifícios ao nível do pedestre, criou-se uma pala no nível térreo.

Proposta
Desenho
Antes

Residência Setubal

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Setubal, Portugal

O projeto consiste numa reconversão de uma moradia histórica no centro de Setúbal para um investidor privado. O projeto envolve a reconversão total, incluindo novas infra-estruturas e reforços estruturais pontuais do interior e da fachada. A moradia, em avançado estado de degradação, outrora fora dividida em dois apartamentos, um em cada piso. Esta alteração à propriedade fez com que todas as características originais se perdessem, juntamente com todos os ornamentos interiores que existiam.

A nossa intervenção consistiu em possibilitar a habitabilidade do piso em cave dado que tinha somente 1.50m de pé-direito inicialmente e a habitabilidade de um piso nas águas furtadas, de forma a aumentar a área útil da moradia e distribuir o programa de forma a ter o melhor aproveitamento. Também foi importante para o projeto que alguns ornamentos trabalhados fossem devolvidos à moradia como roda-tetos, frisos e rodapés. O programa consiste em três suítes completas, uma área social ampla com uma cozinha aberta, dividindo-se em pisos. O piso térreo consiste na parte social da casa, onde se situam a sala de estar com zona de refeições e cozinha. O piso acima deste consiste em duas suítes. O piso nas águas furtadas destina-se à suíte principal que ocupa todo o piso e ainda conta com uma varanda. Finalmente, o piso e cave conta com uma sala de família ampla que pode ser facilmente convertida num quarto de hóspedes. Neste piso existe ainda uma zona de lavandaria com arrumação.

Originalmente a moradia tinha um logradouro exterior que foi reconvertido numa coluna de luz e jardim para o interior, comunicando verticalmente nos diferentes pisos. Era importante fazer um jogo entre os volumes interiores para criar elementos inesperados. Dessa forma, foi desenhado um átrio que rasga os vários pisos e uma escada escultural circular que comunica com entre eles. A escada desdobra-se para o piso na cobertura para permitir uma configuração ampla e maior privacidade na suíte principal.

Plantas Baixas
Antiga e Nova Fachada
Alçados
Cortes

Renders: Ian Alves

Conjunto Habitacional Social Alfazina

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Almada, Portugal

Em uma ótica de revitalizar o espaço urbano, procurou-se que a proposta se inserisse na malha urbana existente, de forma a constituir um elemento estruturante no local, onde se enfatiza o eixo viário central, ao mesmo tempo que se incorpora a envolvente e também os elementos mais próximos à área de intervenção – a norte a escola, a este o “Bairro Amarelo”, e sul e oeste espaços verdes pertencentes ao IHRU.

Era importante que o projeto conseguisse ligar lugares estruturais como a Biblioteca Municipal Maria Lamas, a Piscina Municipal, o parque entre estes dois edifícios, a Sul, e a Escola Básica Integrada e Jardim de Infância do Monte de Caparica, a Norte, através de um projeto não só arquitetônico como também urbanístico. Pretende-se conectar todas as zonas ajardinadas, ao mesmo tempo que se oferece habitação de qualidade e que traz uma nova identidade ao lugar.

O projeto procurou traçar novas dinâmicas para o lugar, abrindo e convidando a comunidade próxima a usufruir os espaços públicos de qualidade propostos, numa forma de fazer interagir a população nova que se pretende vir a atrair e a população residente atual, quebrando barreiras sociais, económicas e culturais, através de um espaço comum de referência.

Num eixo vertical bem marcado, o declive norte-sul potencia vistas relativamente desimpedidas, oferecendo uma boa exposição solar a cada apartamento. Dada a topografia acentuada, as entradas de cada edifício assentam de nível, para que seja possível um acesso suave e outro em escadas. Cada edifício está, então, a uma cota distinta que faz com que o projeto tenha dinâmica logo na sua própria implantação.

Existem 3 elementos-chave que compõem o projeto:

1 – A criação de um módulo, cuja repetição define a malha estrutural de todos os edifícios;

2 – a adição de uma pele que também obedece a uma regra de cheios e vazios, que envolve os módulos e define a fachada dos edifícios;

3 – a relação entre o edificado e a envolvente, entre o construído e o natural.

O ritmo criado nos edifícios contagia a vida urbana, permitindo uma multiplicidade de ações no próprio espaço urbano.

Uma camada de vegetação abraça o próprio edificado, permitindo dar privacidade às habitações térreas, uma vez que aumenta a distância entre o pedestre e o residente, para além de conferir uma presença urbana qualificada, com espaços verdes pensados e visualmente apelativos.

Estrutura

Sistema Viário

Conceito
Diagrama de Concepção
Diagrama de Funcionalidade
Módulos
Planta Baixa

Apartamento Rue Veneau

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Paris, França

O apartamento situa-se num edifício do fim dos anos 70 no 7º bairro de Paris e pertence a um casal francês e uma filha. Originalmente o apartamento tinha três quartos, um deles acedido pelo hall de entrada e outros dois por um hall privado. O casal queria manter o número total de quartos e adicionar uma IS social ao apartamento. Era bastante importante para o casal sentisse o apartamento da forma que eles sentem a vida, com um toque de boémia e relaxamento, ampla e de forma integrada. Outro aspecto pedido pelo casal era a utilização de materiais crus e tons de madeira mais quente, de forma a complementar visualmente a sua colecção de arte. Dada a agenda social de cada um, era necessário ter a cozinha separada do resto da casa e ter um hall de entrada generoso. O apartamento tinha também grandes janelas de sacada com varanda viradas para um jardim público no exterior, oferecendo um pedaço de natureza para dentro do apartamento.

O projeto foi um desafio porque entendemos que era necessário que a arquitetura tinha de responder a uma composição artística entre texturas e materiais e ser ela própria uma peça de design no espaço. No primeiro contato com o cliente, os mesmos expressaram a sua paixão em viajar, em particular, de comboio. Pensámos, então, em trazer esta paixão para dentro de casa, inspirando-nos a criar apainelado de madeira com tom quente que incorpora um grande espaço de arrumação e a cozinha, onde colocamos janelas de vidro canelado nas portas deslizantes, similares às mesmas das cabines dos comboios. Este vidro foi escolhido propositadamente para esconder a cozinha, mas também para permitir a entrada de luz, dando uma constante sensação de que existe algo em movimento. Do lado oposto da porta da cozinha, um banco estufado com textura de carpete foi desenhado como elemento que separa o hall de entrada e a sala de estar. Da mesma forma, uma estante e secretária dividem o espaço entre o hall e a sala de jantar. Devido ao antigo sistema de aquecimento integrado na casa fazer com que as janelas estejam a uma altura de cerca de 40cm do chão e da varanda, possibilitou a criação de um banco em toda a largura das janelas que serve a área social da casa e também a varanda exterior, uma vez que as janelas de correr abrem todas, ampliando o espaço de estar para o exterior. Este banco corrido é em pedra natural para contrastar e compor o espaço com os materiais da lareira e do próprio mobiliário.

Para cobrar a lareira original, foi desenhado um elemento escultural para dar enfoque ao espaço de estar. A lareira foi coberta de um azulejo feito à mão com um efeito estalado em branco puro, que quer esteja a uso ou não, a lareira reflete sempre o movimento das árvores no exterior e a luz que entra no compartimento. De forma a fazer trazer unicidade à casa, o mesmo azulejo foi utilizado no revestimento da IS social que vou desenhada curva de propósito. A cozinha é disposta em corredor e foi desenhada com o intuito de se utilizar para revestimento um granito áspero (?) que nos leva até a um booth onde se pode comer uma refeição rápida junto à janela. Os quartos foram mantidos com as mesmas texturas e materiais utilizados na casa, dando uma unidade a todo o apartamento como uma só peça de design.

Cortes
Transformação
Planta Baixa

Apartamento Le Marois

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Paris, França

Transformação
Planta Baixa

Fotografia: Hugo Hebrard

Apartamento Da Fonseca

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Lisboa, Portugal

Quando chegámos à Rua Rodrigo da Fonseca, no centro de Lisboa, observamos o carácter histórico pombalino dos edifícios, com estrutura em gaiola e cruzes de Santo André. Contudo, apesar de seu contexto e fachada históricos, o apartamento de pé direito alto, estava completamente despido deste cariz histórico, uma vez que havia sido inteiramente remodelado no final dos anos 90, onde todas as suas características interiores ornamentais foram retiradas e substituídas por gesso cartonado, com linhas direitas e sem identidade.

Era necessário devolver essa identidade perdida, para além de responder às necessidades do cliente e ainda desenhar um apartamento contemporâneo, visto que era pretendido que as áreas sociais fossem todas integradas, de forma ao casal poder cozinhar e estar integrado com a restante área social. A cozinha transforma-se no coração na casa, com um desenho amplo, elegante e actual. Para separar a cozinha de um espaço de arrumação de apoio utilizou-se como divisória cruzes de Santo André, evocando a história do lugar, sendo também reforço estrutural e sísmico, e ainda permitindo a entrada de luz natural e ventilação para esta zona de arrumos. Esta zona de arrumação visualmente aparenta ser uma parede de armários mas acaba por esconder a entrada para a área privada da casa onde existem as suítes, separando as duas áreas da casa – social e privada – de uma forma completamente dissimulada.

O cliente queria que existisse um local para que pudesse assistir televisão na zona social. Desse modo propusemos uma peça central em madeira e mármore que ao mesmo tempo que serve de ponto focal na sala de estar, esconde a televisão, bar, arrumos, biblioteca e espaço técnico. Uma escultura disfarçada, onde o objecto estético vem servir, mais que a sua função de contemplação, a sua função de uso múltiplo.

Agora com zona de estadia e social da residência voltada para a suas grandes janelas de sacada, nos meses quentes, os Jacarandás lilases na rua trazem a primavera para dentro do lar, onde o urbano e o natural podem ser apreciados.

Transformação
Planta Baixa

Fotografia: Ricardo Oliveira Alves

Apartamento 115N

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Brasília, Brasil

O objetivo deste projeto era desenhar uma casa para um casal boêmio. O desafio era criar um espaço confortável o suficiente para duas pessoas morarem dentro do espaço disponível, mas também grande o suficiente para receber festas em casa.

O contexto deste edifício é uma típica Superquadra 115 da Asa Norte em Brasília, Brasil. Como todo o gênero, o verde abundante está presente nas janelas voltadas para as áreas sociais do apartamento. A planta do apartamento sofreu modificações, onde as únicas janelas da área social foram empurradas para fora, eliminando a varanda original e tornando os espaços internos extremamente profundos e sem iluminação e ventilação adequadas. O apartamento era originalmente um apartamento de três quartos e, dada a flexibilidade do briefing, propusemos eliminar o terceiro quarto, pois isso mudaria drasticamente a qualidade das áreas de estar.

Começamos trazendo de volta a varanda e transformando o antigo cômodo em área de jantar, que é visualmente conectada à cozinha por um painel de madeira – o painel atravessa a área de estar, isola o programa privado e integra toda a área social, daí a escolha de uma cozinha aberta. Tínhamos entendido claramente que a flexibilidade de um espaço crescente e reduzido era um problema de design, então projetamos uma prateleira deslizante que encapsularia uma bancada, que só seria revelada em um ambiente social, uma vez que a prateleira fosse empurrada contra a parede por um sala de estar maior.

Conceitualmente, a materialidade deste projeto foi um elemento chave na sua concepção. O mármore e a madeira da zona de refeições foram propositadamente replicados na cozinha, conferindo ao espaço do apartamento a unidade e informalidade pretendidas. O azulejo está extremamente presente na história da capital brasileira e do modernismo brasileiro. onde artistas como Athos Bulcão e Candido Portinari inspiraram uma geração de jovens artistas a criar azulejos e painéis artísticos sob medida. Assim, convidamos o artista local João Henrique para o projeto de elaboração de painéis para a sala de jantar e cozinha, em extremos opostos do apartamento, refletindo a luz e as sombras das árvores da Superquadra.

Transformação
Cortes
Pannel Diagram
Planta Baixa

Fotografia: Haruo Mikami

Penthouse Vista Ponte

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Lisboa, Portugal

A história por detrás do projecto baseia-se em desenhar um pied-à-terre para um animado casal que realiza o sonho de viver temporadas ao longo do ano em Lisboa.

O casal adora cozinhar e organizar jantares onde reúne os seus amigos, portanto o espaço social e o espaço de confecção teriam de ser amplos, flexíveis e estar relacionados.

O programa do apartamento divide-se em duas partes distintas, onde o espaço privado e o espaço social se separam numa cortina de madeira, que esconde o acesso às suites e ao lavabo social.

Inicialmente o apartamento era demasiado compartimentado, completamente incompatível com a amplitude pretendida e, sobretudo, a vista incrível sobre o Rio Tejo e a Ponte 25 de Abril estavam enclausuradas com tantas paredes, mal enquadrada nestes pequenos espaços que quase gritavam para se soltarem, se abrirem e finalmente respirarem.

A fluidez desejada e um enquadramento perfeito de uma vista maravilhosa inspirou-nos a desafiar o conceito de gravidade através do design.

A ideia surge então num open space que junta a cozinha e a zona de refeições numa só peça de 5.5m, cuja morfologia se assemelha a um casco de barco suspenso, numa ilha que quase se pousa sobre o rio, posicionada de forma a contemplar plenamente a vista, em harmonia com o vão que emoldura a Ponte 25 de Abril que se rasga horizontalmente em todo o comprimento destas duas zonas.

Na zona de estar, mais uma vez, explora-se os limites dos materiais de forma a alcançar leveza e fluidez intencionalmente, desta vez na forma de um banco suspenso. De uma peça que enquadra o espaço social e serve para contemplar a vista, acaba por ser também, ela própria, objecto de contemplação.

Os dois elementos foram usados para explorar os limites dos materiais para conseguir leveza e fluidez intencionalmente.

E aqui o jogo mental começa, o “trompe l’oeil”. Afinal de contas, como é que um banco de mármore de 3 metros fica suspenso no ar?

Diagrama
Planta Baixa

Photografia: Fernando Guerra

Residência Maison-forte de Gaudigny

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Gaudigny, France